**O Agro é Tech e Pop, Mas Quem Entende a Terra é Quem Pisa Nela**

O agro moderno é feito de drones, big data e startups, mas sua alma ainda bate no ritmo de quem planta, colhe e conhece cada metro do solo.

Totti Maikuma

3/25/2025

O Agro é Tech e Pop, Mas Quem Entende a Terra é Quem Pisa Nela

O agronegócio vive um momento de transformação. Com a ascensão de tecnologias, planilhas, dashboards e modelos de alavancagem, muitos acreditam que o futuro do agro está nas mãos de algoritmos e projeções. Mas será que os números contam toda a história?

Quem está no campo sabe que o agro vai muito além de gráficos e métricas. É um setor que exige sensibilidade, resiliência e um profundo entendimento das intempéries, do clima, da logística e das interferências externas, como políticas governamentais e flutuações do mercado. Enquanto as planilhas podem indicar viabilidade, quem pisa na terra conhece as dores e os desafios reais do dia a dia.

A tecnologia é, sem dúvida, uma aliada poderosa. Ela otimiza processos, aumenta a produtividade e abre portas para novas oportunidades. No entanto, o verdadeiro know-how vem da experiência prática, da conexão com a terra e da capacidade de adaptação às adversidades. Um dashboard não prevê uma geada inesperada ou uma praga que surge do nada. Quem vive o agro sabe que, muitas vezes, é preciso tomar decisões rápidas e intuitivas, baseadas em anos de vivência.

A questão que fica é: até que ponto podemos confiar em projeções feitas por quem nunca plantou um pé de soja ou enfrentou uma seca? A tecnologia é essencial, mas não pode substituir o conhecimento prático e a sensibilidade de quem está no campo.

O agro é, sim, tech e pop, mas também é tradição, experiência e muito trabalho duro. Precisamos encontrar um equilíbrio entre o que os números nos mostram e o que a terra nos ensina. Afinal, o futuro do agronegócio depende não apenas de inovação, mas também de respeito ao conhecimento de quem vive e respira o campo.

E você, o que acha? O agro é mais tech ou mais know-how?